As empresas brasileiras têm uma série de obrigações a serem cumpridas dentro de um prazo, o que garante sua regularidade perante às instituições fiscalizadoras, porém, também permite avaliar a atividade de uma companhia.
É o caso da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), um relatório contábil que revela se uma empresa obteve lucro ou prejuízo em um determinado período. A apuração é realizada por meio da confrontação de dados referentes aos custos, despesas e receitas de um empreendimento.
Para que serve a DRE
A DRE é utilizada pelo Governo Federal para verificar se os impostos foram calculados corretamente. Há um confronto do lucro declarado pelo proprietário no Imposto de Renda com o Demonstrativo de Resultados do Exercício.
A relevância da Demonstração do Resultado do Exercício ultrapassa a função de apenas cumprir exigências como prestações de contas contábeis e fiscais.
Entender como funciona a DRE, sua utilidade e seu impacto nas decisões contribui para tornar mais eficiente a administração de uma companhia. É uma ferramenta lógica e simples que permite entender a situação empresarial.
Qual importância da DRE?
Com a DRE, os gestores podem analisar a capacidade de lucro e a necessidade de realizar mudanças na administração para melhoria de desempenho.
A Demonstração do Resultado do Exercício é um retrato fiel da situação do negócio em determinado período e permite que haja a elaboração de um planejamento estratégico assertivo.
A declaração faz diferença na hora de obter um empréstimo, pois analistas financeiros de instituições bancárias exigem o demonstrativo para avaliar a situação da empresa e decidir se a concessão de crédito vai ser concedida.
Além disso, é comum que investidores costumem analisar cuidadosamente o relatório da DRE para terem mais segurança antes de aplicarem o seu capital.
Quem deve fazer a DRE?
Ela precisa ser elaborada com o Balanço Patrimonial e ser assinada por um contador habilitado pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC). O documento é obrigatório para todas as empresas, exceto o Microempreendedor Individual (MEI).
A DRE deve ser feita ao final de cada exercício financeiro que, em geral, tem 12 meses e vai de janeiro a dezembro. Há casos em que o relatório é produzido a cada trimestre para fins de fiscalização ou mensalmente, com intuito administrativo.
Como fazer a DRE?
A Demonstração do Resultado do Exercício segue uma sequência padronizada. Confira a relação de informações que devem ser apresentadas:
Receita Líquida de Vendas
Da Receita Bruta de vendas são deduzidos os impostos, os abatimentos, as devoluções de vendas e os descontos comerciais concedidos pela companhia.
O resultado recebe o nome de Receita Líquida de Vendas. É por meio dessas informações que o custo dos serviços e mercadorias vendidas é deduzido, chegando assim ao Lucro Bruto.
Lucro Bruto de vendas
Todas as despesas gerais, financeiras, operacionais e administrativas são subtraídas do Lucro Bruto. Inversamente, as receitas operacionais são acrescentadas e, então, chega-se ao Lucro ou Prejuízo Líquido ou Resultado Operacional.
Resultado Operacional
É nessa etapa que serão acrescentados ou deduzidos todos os resultados não operacionais como os salários de funcionários e gestores e demais benefícios.
Por fim, chega-se ao Lucro Líquido do Exercício (LLE), que consiste no objetivo final de todo DRE. Com base nos resultados alcançados com o DRE, é possível fazer uma análise confiável da gestão do empreendimento a cada ano.
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